Desenvolvimento Humano
Dados divulgados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostram que o crescimento do índice de desenvolvimento humano (IDHM) no Brasil desacelerou nos últimos anos. Entre 2011 e 2014, o IDHM cresceu 1% ao ano, um ritmo menor do que a expansão anual de 1,7% entre 2000 e 2010.
O indicador é uma referência de qualidade de vida da população e seu cálculo considera informações sobre renda, educação e longevidade.
Na composição do índice, educação foi o que mais cresceu no período, média anual de 1,5%. No entanto, é o quesito em que o Brasil está pior (veja gráfico acima). No período de 2011 a 2014, os subíndices que consideram a renda e a longevidade dos brasileiros, cresceram respectivamente, 0,6% e 1,1% ao ano.
O Radar IDHM utiliza informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para monitorar tendências desse Índice e de 60 indicadores socioeconômicos nos anos intercensitários.
Abandono da escola – Para avaliar a evolução da educação no país, a pesquisa utiliza dois critérios: frequência escolar e taxa de escolaridade. Os números do IDHM ainda mostram uma situação alarmante no país.
Em 2014, 39% da população acima de 18 anos não tinha o ensino fundamental completo. O índice que mede esse critério estava melhorando em um ritmo de 3,3% entre 2000 e 2010, indicando um aumento da escolaridade entre os adultos brasileiros. A evolução, no entanto, foi mais lenta entre 2011 e 2014, de apenas 0,5%.
“Os índices de frequência escolar relativos aos adolescentes e jovens-adultos, além de situarem-se em patamares mais baixos, vêm apresentando taxas mais baixas de crescimento, sinalizando que o problema apresentado anteriormente pelos dados censitários, continua presente e alerta para situações de atraso e abandono escolar dessas faixas etárias”, explicou o Ipea, no relatório.
IDHM por estados e regiões – Na análise por unidades da federação, o Distrito Federal registra a maior taxa de desenvolvimento humano (0,839), seguido por São Paulo (0,819) e Santa Catarina (0,813). Os menores índices são dos estados de Alagoas (0,667), do Pará (0,675) e Piauí (0,678).
Todos os estados apresentaram avanços entre 2011 e 2014. As maiores tendências de crescimento foram observadas no Amapá, Amazonas e Piauí. Já os que apresentaram as menores tendências de avanços foram Roraima, Goiás e Sergipe.
Por regiões metropolitanas, as maiores tendências de aumento foram registradas na Grande Curitiba, no Grande Recife e na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
A base de dados completa está disponível no site: www.atlasbrasil.org.br.
Fonte: Site G1 - http://g1.globo.com/